Chega o palhaço no circo sem saber fazer rir
Coitado, mal sabe que é palhaço
Passou a vida engolindo espadas, quiçá faquir?
Lutando consigo mesmo querendo espaço,
chupando prego, enxugando gelo, levando ferro
Desistir?
Que nada, por sempre adorar mulher barbada se travestiu
Foi tentar a sorte usando outra capa
Mas como tudo que é feito por desespero faliu
Fingindo ser o que não era a vida lhe deu mais um tapa
Ganhou a juba e perdeu a vergonha, sem saber que era em vão
De mulher barbada enfim inventou-se leão
Quanto mais rugia mais fome sentia
tentando arrancar o braço de quem lhe estendia a mão
Sob a pele felina o de sempre havia, fraqueza e solidão
Há certo sadismo ao estralar do chicote, dor para chamar atenção
Chamuscado pelos aros flamejantes da vida e ciente que a vida tomba
Olhou para os lados, ninguém a notar, formou-se monga
No país dos pijamas e das bananas que mal nisso há?
O planeta é dos macacos e agora atira fezes na platéia
É natural o mundo animal e todo mundo se assusta
De um jeito ou de outro precisa provar que sua mente é astuta
Monga, chinpanzé, king kong iria até hong kong pagando mico
Mas no baralho do circo os valetes são contados, cartas ao vento
Não podia ser anão pois as pessoas não podem o ver por dentro
Equilibrista jamais, nunca nem andou no meio fio
Ao arremassar facas quase sempre atingia o próprio pé
Eis que um dia alguém a revelia lhe pede não perder a fé
Puxa-o do globo da morte e lhe mostra com um espelho quem o é
Coitado, mal sabia que era palhaço
coitado...faz-me rir
sábado, 10 de dezembro de 2011
A sorte da Fragata
Quando joga-se a poita em abismos discrepantes
Pode o capitão simplesmente esquecer?
Arpoado e ferido pelo olhar horizonte
Em seu matiz esmeralda afogar-se e morrer?
E mesmo morto esquecido e decomposto
Seria imoral marolar as palavras quando
O mar junta-se a costa mesmo imposto
E de suas costas o vento nunca ter palatado o gosto?
Creio que não, ode, mote tudo a mão
Memórias idas e vindas do cais
Muito mais partidas, partido o coração
Do qual a espera em Marina jamais
Sorte tem a fragata que rompe a bruma
E madeixas douradas de sol respira
As penas do vôo causam inveja
Às penas do capitão de versos e piras
E mesmo a queimar cadáveres etéreos
Frutos de mortes por amor
Há beleza até no remorso seco
De nunca ter lhe mostrado ardor
Pode o capitão simplesmente esquecer?
Arpoado e ferido pelo olhar horizonte
Em seu matiz esmeralda afogar-se e morrer?
E mesmo morto esquecido e decomposto
Seria imoral marolar as palavras quando
O mar junta-se a costa mesmo imposto
E de suas costas o vento nunca ter palatado o gosto?
Creio que não, ode, mote tudo a mão
Memórias idas e vindas do cais
Muito mais partidas, partido o coração
Do qual a espera em Marina jamais
Sorte tem a fragata que rompe a bruma
E madeixas douradas de sol respira
As penas do vôo causam inveja
Às penas do capitão de versos e piras
E mesmo a queimar cadáveres etéreos
Frutos de mortes por amor
Há beleza até no remorso seco
De nunca ter lhe mostrado ardor
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Amor on the rocks
É madrugada e você afia a navalha
mas é preciso filetar a si mesmo para ferir alguém de verdade
é o destino do feiticeiro, é o doce amor na prostituição
A lâmina brilha ao luar e o frio cortante que entra pela janela
Sopra sua face e te faz despertar
O sopro da realidade...
quais as vantagens da formatação?
Qual o motivo de se perder tanto tempo
querendo deixar tudo perfeito
tirandos as arestas?
É o fio da navalha o meio fio da vida
o corte ao se dar a luz
ou a escuridão do corte da luz
não importa apenas não vale a pena
não há moeda que pague o jeito afiado de se viver
e o jeito cortante de se amar...
mas é preciso filetar a si mesmo para ferir alguém de verdade
é o destino do feiticeiro, é o doce amor na prostituição
A lâmina brilha ao luar e o frio cortante que entra pela janela
Sopra sua face e te faz despertar
O sopro da realidade...
quais as vantagens da formatação?
Qual o motivo de se perder tanto tempo
querendo deixar tudo perfeito
tirandos as arestas?
É o fio da navalha o meio fio da vida
o corte ao se dar a luz
ou a escuridão do corte da luz
não importa apenas não vale a pena
não há moeda que pague o jeito afiado de se viver
e o jeito cortante de se amar...
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Nossa primavera
Nossa primavera (Caio & Pontes)
Não vá me dizer
Que tudo aquilo que te deixou
Sequer te tocou não te importou.
Não vale pena esquecer
Todas as coisas que sonhamos
E que nós deixamos morrer.
Lembre do tempo que te fez crescer
Eu vou te dizer agora:
Refrão:
Minha sorte é que eu posso cantar
Pra te encontrar
Te encantar pra viver
Um sonho acordado
Minha fome é uma fome sem gosto
E é quase agosto
Lá em frente vem
Nossa primavera, nossa primavera...
Não vale pena esquecer
Todas as coisas que sonhamos
E que nós deixamos morrer
Não vá me dizer
Que tudo aquilo que te deixou
Sequer te tocou não te importou.
Lembre do tempo que te fez crescer
Eu vou te dizer a qualquer hora
Refrão
Minha sorte é que eu posso cantar
Pra te encontrar
Te encantar pra viver
Um sonho acordado
Minha fome é uma fome sem gosto
E é quase agosto
Lá em frente vem
Nossa primavera, nossa primavera....
Solo guitarra
Lembre do tempo que te fez crescer
Eu vou te dizer, sem demora.
Refrão
Não vá me dizer
Que tudo aquilo que te deixou
Sequer te tocou não te importou.
Não vale pena esquecer
Todas as coisas que sonhamos
E que nós deixamos morrer.
Lembre do tempo que te fez crescer
Eu vou te dizer agora:
Refrão:
Minha sorte é que eu posso cantar
Pra te encontrar
Te encantar pra viver
Um sonho acordado
Minha fome é uma fome sem gosto
E é quase agosto
Lá em frente vem
Nossa primavera, nossa primavera...
Não vale pena esquecer
Todas as coisas que sonhamos
E que nós deixamos morrer
Não vá me dizer
Que tudo aquilo que te deixou
Sequer te tocou não te importou.
Lembre do tempo que te fez crescer
Eu vou te dizer a qualquer hora
Refrão
Minha sorte é que eu posso cantar
Pra te encontrar
Te encantar pra viver
Um sonho acordado
Minha fome é uma fome sem gosto
E é quase agosto
Lá em frente vem
Nossa primavera, nossa primavera....
Solo guitarra
Lembre do tempo que te fez crescer
Eu vou te dizer, sem demora.
Refrão
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Caneta sem tinta blues
NÃO FALE DA SUA DOR
VOCÊ NÃO SABE O ARDOR
QUE VOCÊ CAUSA
NÃO ME VENHA FALAR DE AMOR
QUANDO O SEU PAVOR
ESCURECE E TE CEGA
X2
E COMO A PONTA DE UMA CANETA SEM TINTA
VOCÊ TENTA DIZER AS COISAS QUE SENTE E PENSA
E QUANDO VOCÊ SENTA E PENSA
VOCÊ ME OLHA E DIZ NÃO SABER O QUE FAZER
E APÓS O FURACÃO DA TUA IRA
ISSO TE ALIVIA FAZ PARTE DO TEU SER
X2
E COMO UM COPO VAZIO PARA UM SEDENTO
VOCÊ ESPERA O REBENTO DAS TUAS PALAVRAS
É NA FRAQUEZA DA COR DAS PALAVRAS
QUE O SENTIDO SE PERDE E MORRE
É NAS VALAS DOS CADÁVERES FRIOS
QUE A VIDA SURGE NOBRE
X2
E COMO UM PREGO DE CAIXÃO EXISTE UMA RAZÃO
PARA SELAR O DESTINO
VOCÊ NÃO SABE O ARDOR
QUE VOCÊ CAUSA
NÃO ME VENHA FALAR DE AMOR
QUANDO O SEU PAVOR
ESCURECE E TE CEGA
X2
E COMO A PONTA DE UMA CANETA SEM TINTA
VOCÊ TENTA DIZER AS COISAS QUE SENTE E PENSA
E QUANDO VOCÊ SENTA E PENSA
VOCÊ ME OLHA E DIZ NÃO SABER O QUE FAZER
E APÓS O FURACÃO DA TUA IRA
ISSO TE ALIVIA FAZ PARTE DO TEU SER
X2
E COMO UM COPO VAZIO PARA UM SEDENTO
VOCÊ ESPERA O REBENTO DAS TUAS PALAVRAS
É NA FRAQUEZA DA COR DAS PALAVRAS
QUE O SENTIDO SE PERDE E MORRE
É NAS VALAS DOS CADÁVERES FRIOS
QUE A VIDA SURGE NOBRE
X2
E COMO UM PREGO DE CAIXÃO EXISTE UMA RAZÃO
PARA SELAR O DESTINO
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